31 de agosto de 2012

Fontes de Inspiração: A História Sem Fim

   Estes dias, futucando o Facebook, vi em minha linha do tempo uma imagem do filme  A História Sem Fim, adaptação para os cinemas do livro de mesmo nome do escritor alemão Michael Ende. O livro possui nome original Die Unendliche Geschichte, e além de cinema (trilogia), foi adaptado também para desenho animado, seriado para TV e até peça de balé na Alemanha.

A História Sem Fim - Livro de Michel Ende


   A história central do livro gira em torno da destruição da Fantasia, uma terra onde vivem criaturas fantásticas, onde toda a fantasia humana se reúne, e que está sendo consumida pela entidade O Nada, pois os humanos deixaram de acreditar na fantasia humana e passam a acreditar em mentiras, como diz a criatura Gmork (um lobo maligno, servo dO Nada) em seu diálogo com Artreyu (O mocinho):
"Fantasia não tem limites. É o mundo da fantasia humana. 
Cada parte, cada criatura é um pedaço dos sonhos e das esperanças da humanidade. 
Portanto, não tem limites. 
Fantasia está morrendo porque as pessoas começaram a perder as esperanças e a esquecer os sonhos. 
Assim, o Nada se fortalece."
Artreyu encontra Gmork e dialogam antes de lutarem
   Definitivamente O Nada é a pior das entidades, ou poderíamos dizer situações, causado pelo ceticismo das pessoas, e por deixarem de acreditar em fantasias. Quando se diz hoje em dia que se gosta de literatura fantástica, e de desenhos animados, games, e coisas que te fazem se desligar um pouco da estressante realidade do dia-a-dia, as pessoas passam a te olhar com descrença, dizendo que são infantilidades, entre outras coisas. Se eles pensam assim, problema o deles. Eu adoro fantasiar, e um dia pretendo, sim, ser um escritor de literatura fantástica.
Auryn - A insígnia da Imperatriz Menina

   Voltando ao enredo, nas entrelinhas da história, podemos perceber que os humanos estão deixando de acreditar na fantasia, principalmente as crianças que começam a perder a fantasia e a inocência, e os pais que não os deixam mais acreditar em coisas fantásticas e lendas, despovoando assim os sonhos delas de coisas da imaginação, desvirtuando e limitando a criatividade sem limites da infância.
   Quase no final do primeiro filme, quando Arteyu retorna de sua missão acreditando que havia fracassado, a Imperatriz Menina nega o fato, pois o importante era que os humanos voltassem a acreditar na fantasia, e diz que ele havia conseguido, pois o garoto humano Bastian (personagem central da história), estava ali com ele, e diz: "Ele partilha das suas aventuras e outros partilham das dele". E o interesse de todo escritor de literatura fantástica é que as pessoas passem, não exatamente a acreditar em fantasia, mas a viajar pelo mundo criado por ela, a torcer pelo sucesso ou falha das personagens, a imaginar como seria se tudo isso fosse real, a fantasiar.
A Torre de Marfim - Centro de Fantasia, onde vive a Imperatriz Menina
  
  O que mais me inspira é que a estória transborda elementos fantásticos, como Morla (um ser ancião, mais sábio de fantasia) que vive dentro da Montanha Casco (na verdade a montanha é literalmente o seu casco, pois Morla é uma tartaruga gigante), e que vive no Pântano da Tristeza; o Palácio do Segredo profundo, a Torre de Marfim, a Caverna dos Gnomos, as esfinges na porta de pedra e o Oráculo do Sul, o gigante de pedra Come-Pedras, o dragão da sorte Fuchur (Falkor, no filme), e diversos outros personagens, locais e elementos mágicos que compõem a história, a tornando uma riqueza em fantasia e magia, que faz correr solta a imaginação.

Artreyu e Falkor (Fuchur no livro), o Dragão da sorte

  Seu enredo também passa várias lições de moral, como não deixar que a trizteza consuma sua vida, lutar pelo que se acredita, não deixar que seus medo te dominem, e até como lidar com as perdas, entre outras que são experimentadas e exprimidas por situações ou falas dos personagens.
   Tudo isto me inspirou, e inspira até hoje, me fazendo voar por uma dimensão imaginária cheia de aventuras e magia. Foram elementos de minha infância, mas que mantenho avivados dentro de mim, às vezes assistindo novamente o filme, ou lendo posts em blogs e facebook, e por aí vai...

Artreyu e Morla, o ancião mais sábio de Fantasia

   Quem nunca assistiu ao filme, vai achar muito tosco, pois os efeitos de 1984 são muito inferiores aos atuais, sugiro que leiam o livro (que ao contrário do que se imagina, eu ainda não li, infelizmente, porém, pretendo comprá-lo em breve).
   Enfim, vale a pena viajar por esta fantasia maravilhosa.


Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/The_NeverEnding_Story
http://pt.wikipedia.org/wiki/Die_Unendliche_Geschichte
http://31filmes.blogspot.com.br/2009/06/historia-sem-fim.html
http://livroseafins.com/a-historia-sem-fim-de-michael-ende-e-o-poder-intraduzivel-dessa-narrativa/
http://www.webcine.com.br/filmessi/neveren1.htm
http://www.puropop.com.br/destaques/2011/05/04/puro-mofo-a-historia-sem-fim/



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